OS IRMÃOS SIAMESES


OS IRMÃOS SIAMESES ou Eu e Tu, Tu e Eu

A peça retrata a história da Família Zoffáni, trupe de teatro, que encena há 25 anos, o melodrama “OsIrmãos Siameses ou Eu e Tu, Tu e Eu”. A peça faz uso de iguais, Os Siameses, para evidenciar as diferenças das pessoas, e entre as pessoas e a relação de interação entre nós.
Numa época em que o ser humano é visto como um produto em série: como os mesmos desejos, a mesma forma de agir e as mesmas conexões, a peça propicia, através da interdependência entre ospersonagens, a oportunidade de visualizar e entender os seres humanos não como desiguais, mas como únicos.
O respeito às diferenças, é a grande metáfora a que se propõe o espetáculo. Inspirado livremente no conto “A História de Dois Irmãos Siameses”, de Tristan Bernard - pseudônimo de Paul Bernard -, o espetáculo tem dramaturgia e adaptação de Fernando Limoeiro e direção de Antônio Rodrigues.


 Inspirado livremente no conto “A História de Dois Irmãos Siameses”, de Tristan Bernard - pseudônimo de Paul Bernard -, o espetáculo tem dramaturgia e adaptação de Fernando Limoeiro e direção de Antônio Rodigues.
O espetáculo retrata a história da Família Zoffáni, trupe de teatro, que encena há 25 anos, o melodrama “Os Irmãos Siameses ou Eu e Tu, Tu e Eu”. A peça faz uso de iguais, Os Siameses, para evidenciar as diferenças das pessoas, e entre as pessoas e a relação de interação entre nós.
Irmãos Siameses ou Eu e Tu, Tu e Eu tem patrocínio do Fundo Municipal de Cultura.

OS IRMÃOS SIAMESES ou Eu e Tu, Tu e Eu
Sinopse
A peça retrata a história da Família Zoffáni, trupe de teatro, que encena há 25 anos, o melodrama “OsIrmãos Siameses ou Eu e Tu, Tu e Eu”. A peça faz uso de iguais, Os Siameses, para evidenciar as diferenças das pessoas, e entre as pessoas e a relação de interação entre nós.
Numa época em que o ser humano é visto como um produto em série: como os mesmos desejos, a mesma forma de agir e as mesmas conexões, a peça propicia, através da interdependência entre ospersonagens, a oportunidade de visualizar e entender os seres humanos não como desiguais, mas como únicos.
O respeito às diferenças, é a grande metáfora a que se propõe o espetáculo.

A montagem
Gêmeos Siameses? Aberrações Humanas? Humanas?  Hoje nascimentos dessa natureza são muito abordados pela mídia, porém eram considerados anteriormente como aberrações, dignas da execração pública.  O espetáculo “Os Irmãos Siameses, ou Eu e Tu, Tu e Eu” da Verbo Cia. de Teatro,  através de uma forma jocosa, engraçada e ao mesmo tempo densa e poética, traz a cena de modo fantástico ou surreal, conceitos essenciais a serem debatidos em nossa cultura contemporânea, como a relação entre personagens que, com desvio acentuado de um padrão estético normal, desafiam o contexto social no espaço cotidiano e ressaltam de maneira tragicômica seus desejos, sua individualidade, e seu direito de independência. O diferente é também natural sobrepõe-se à ideologia dominante que valoriza o belo, a juventude, o moderno, a moda, o êxito no amor, etc.
A encenação foi construída nas linguagens: tragicômica\ melodramática e realista. A peça consta de dois atos, o primeiro apresenta personagens grotescos, bufônicos e misteriosos que foram construídos com base no exagero e no jogo dos bufões. E no segundo ato há momentos que a linguagem é realista e outros de realismo fantástico. Surgirão em cena nos dois atos, formas interessantes que dão vida a figuras enormes, transfiguradas, fantásticas, onde o corpo inteiro torna-se uma máscara, e tornam-se corpos bufonescos. O espetáculo possibilita a discussão e o olhar sobre valores éticos, sociais e culturais. A relação de interdependência entre os personagens propicia a oportunidade de ressaltar a diferença inerente ao ser humano, não como ser desigual, mas como ser único. Ao falar sobre as minorias, no caso os siameses, estamos consequentemente levantando questões inerentes aos mesmos e às outras minorias da sociedade, como os anões, obesos, aos que sofrem de gigantismo ou que tem qualquer outra peculiaridade que os diferencia da sociedade como um todo.  E como é pensada a existência destas pessoas dentro de uma sociedade consumista, pragmática, cujo o apreço e a constante valorização das questões estéticas, financeiras, etc, se sobrepõem ao caráter humano, no que diz respeito à individualidade, especificidades e potencialidades.

A ficha Técnica
Elenco:
Amélia Corrêa: Bodofélia Zoffáni
Elisângela Souza: Bergoníxia Zoffáni 

Fernanda Araújo: Belarmina Zoffáni
Jair Gomes: Bederzólio Zoffáni, Avó
Janaina Starling: Barbaróxia Zoffáni
Luciano Vivacqua: Bogosmeu Zoffáni
Texto: “Os Irmãos Siameses ou Eu e Tu, Tu e Eu”
(Inspirado Livremente no conto A História de Dois Irmãos Siameses)
Adaptação e Dramaturgia: Fernando Limoeiro
Direção: Antônio Rodrigues
Assistente de Direção: Elisângela Souza
Cenário, Figurino, Maquiagem e Adereços: Adriano Borges e Fabrício Belmiro
Cenotécnico: Geraldo Belmiro
Costureiras: Maria do Carmo Veríssimo e Silma Meca
Trilha Sonora: Fabrício Belmiro e Vitor Diniz
Letras das Músicas: Fernando Limoeiro
Música Incidental: Fabrício Belmiro e Vitor Diniz
Músicos: Fabrício Belmiro, Sérgio Geléia, Vitor Diniz
Operador de Som: Bruno Nigri
Iluminação: Geraldo Octaviano
Operador de Luz: Rosilda Figueiredo
Preparação Corporal: Anair Patrícia, Antônio Rodrigues e Luciano Vivacqua
Preparação Vocal: Elisângela Souza e Janaina Starling
Fotografa: Daniela Amaral
Assessoria de Imprensa: Astronauta Comunicação - Adilson Marcelino e Lucas Ávila
Programador Visual: João Andere
Produção Administrativa: Luciana Freitas
Assistente de Produção: Elisângela Souza
Produtor Executivo: Jair Gomes
Patrocínio: Fundo Municipal de Cultura
Realização: Verbo Cia de Teatro

A dramaturgia
Somos todos siameses
Dois irmãos de almas opostas unidos pela carne e pelo destino. Uma mulher entre eles. Seres estranhos como nós que nos pretendemos perfeitos e se possível eternamente belos. Somos? É preciso aprender a viver com o diferente mesmo porque o diferente pode ser a gente. Ou não?
A inquietude e o sonho sempre me instigam o gosto pelos desafios. Junte-se a isto a amorosidade que tenho pelos meus alunos da Verbo Cia. de Teatro e o prazer de contar histórias insólitas como esta. Tudo isso junto me levou a fazer minha primeira adaptação de um conto para linguagem dramatúrgica. Como todos sabem na passagem de uma linguagem para outra sempre se corre o risco de uma delas sair perdendo, ficar aquém, eis o desafio e o medo. É assim no cinema, nas artes plásticas, na música, sempre um andar sobre o fio da navalha. O conto A História de Dois Irmãos Siameses, Escrito por Tristan Bernard, trazia em si o desafio de realizar em cena uma história onde dois atores atuariam coligados. Aí já começa o desafio, papel aceita tudo palco nem sempre, ou aceita de outro jeito. Explorar o terreno da encenação simbólica, da bufonaria, do surreal? Como tratar a metáfora cênica de viver com o diferente num mundo cada vez mais individualista, intolerante, discriminador e violento? Um dramaturgo com formação popular, um contador de histórias que pretendo ser tinha que encontrar a saída para não perder a dimensão proposta pelo autor e nem deixar de prender meu público. Para isso usei da linguagem universal da poesia. A inspiração veio da fidelidade ao texto e aos meus atores alunos, companheiros de ofício na arte sagrada do teatro. Tomara que eu toque a alma de vocês junto com estes sérios e talentosos atores. Antônio Rodrigues conhece minha obra mais do que eu. Sou-lhe sempre grato. Todos os anos eu costumo iniciar minhas aulas no TU-UFMG dizendo: “- Só deveria fazer teatro quem gosta de mergulhar na condição humana e tem o desejo de transfigura-la para transcendê-la”. Por último gostaria de lembrar que quando o sonho de melhorar o mundo através da arte acontece numa espaço teatral, ficamos ligados pela utopia sagrada e viramos todos siameses.

O conto
Escrito por Tristan Bernard, pseudônimo de Paul Bernard, o conto “A História de Dois Irmãos Siameses” (em domínio público) narra a história de dois irmãos que, ainda que ligados fisicamente, apresentam as diferenças inerentes a cada ser, partilham, da melhor forma possível, todos os aspectos de suas vidas, até que se apaixonam pela mesma mulher.
Tristan Bernard foi dramaturgo, novelista, jornalista e advogado francês, nascido na França 07/09/1866, tendo como ano de sua morte o dia 07/12/1947. Ficou famoso por suas piadas ou ditos engraçados. Filho de arquiteto, estudou no Liceu Condorecet, em seguida cursou a faculdade de direito. Começou a colaborar com o jornal La Revue Blanche em 1891, adotando o pseudônimo de Tristan, nome de um cavalo no qual havia apostado com sucesso. Tristan Bernard se tornou conhecido por causa de suas piadas, seu romances e suas peças, sem esquecer as palavras cruzadas. Durante a ocupação francesa pela Alemanha, ameaçado por causa de suas origens judias, foi preso em Nice e deportado para o Campo de concentração de Drancy. Ao partir para o campo, disse a sua mulher a célebre frase: “ Até agora vivíamos na angústia, doravante viveremos na esperança’’. Foi liberto tres semanas depois graças a intervenção de Sacha Guitry e da atriz Arletty.

VERBO CIA DE TEATRO
No princípio era o verbo.
Havia entre nós, desde o início, um imenso desejo de atuar, encenar, interpretar, teatrar. Começamos a nos reunir, questionando o nosso ofício, o nosso teatro, mas até então numa atitude de apenas espectadores. Decidimos então que era preciso deixar de lado o desejo. Era hora de sair da poltrona, de ir para o centro da questão: o palco.
E aí o verbo se fez ação.
Nos constituímos como Companhia, buscando solidificar e legitimar o nosso desejo. O Verbo se fez presente, surgindo então a Verbo Cia de Teatro. Criada em 2005, por atores formados pelo Teatro Universitário da UFMG. Uma Companhia que nasce com um imenso desejo de usar seu teatro como objeto de constante pesquisa, de veículo para proporcionar ao público, não só entretenimento, mas questionando temas inerentes ao ser humano, tão presentes em nossa sociedade.
A Cia. estreou o primeiro espetáculo, “Dança da Morte”, do autor sueco August Strindberg, com incentivo da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte. Após esta montagem, a Verbo Cia de Teatro passou dois anos pesquisando, lendo, assistindo a peças, enfim, em busca de um próximo texto a ser encenado, até que se depararam com a dramaturgia visionária de Qorpo Santo. “Este encontro com o dramaturgo brasileiro em 2007 contribuiu para a construção da identidade e do próprio nome da Cia, resultando em um espetáculo de um dos textos desse autor em 2009. Percebemos que buscávamos textos, em que a força do verbo, da palavra, se apresentasse como característica predominante, ou mesmo em autores, que tivessem o trato com a palavra, como sua marca principal”. Hoje, completos 07 anos (06.01.2012), trazemos à cena mais um espetáculo, em que a força da palavra está presente no texto de um dos maiores dramaturgos: Fernando Limoeiro. Que venha mais e mais anos de muito teatro!
Espetáculos da Cia:
2007 – Dança da Morte: Texto: Augusto Strindberg – Direção: Luiz Otávio Carvalho
2009/2010 – Qorpo Santo – Duas Páginas em Branco: Apontamentos para uma comédia: Texto: Qorpo Santo – Direção: Antônio Rodrigues


CONTATOS

Jair Gomes – 8827.1370 – Ator e Produtor
Elisângela Souza – 8771.9790/ 9999.9790 – Atriz e Produtora
Antônio Rodrigues – 8699.2766/ 3444.1964 - Diretor


Nenhum comentário:

Postar um comentário